10.10.2009

Escuro.
A noite abraça-me nesta caminhada sem morada.
O som dos meus passos atormentam-me como o tic-tac da velha máquina.
Julgava caminhar com a liberdade. Não.
...és tu que me dás a mão.
Tu, que ainda não nasceste, que ainda não tens memória.
A tua beleza é impossivelmente infinita.
Nunca te vi mas revejo-te em todo o lado.
A cidade, luminosa, frenética, contudo quieta, assiste à minha busca.
A música não pára de tocar na minha cabeça...
Como que um chamamento.
Quem és tu? Onde vives?
Existes ou és apenas outra minha ilusão?
Não, não podes ser real.
Que elemento és tu?
Serás de pedra? serás de vento? serás de pau?
Serás uma bailarina aprisionada num corpo de pau e com cabelos de vento?

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